Enquanto a bola não rola na Copa do Mundo de 2022, no Qatar, um outro evento, ainda mais importante, será realizado ali pertinho, a partir de 6 de novembro, no Egito: a COP27, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Infelizmente, sem o mesmo glamour e destaque do evento esportivo. E, pelo visto, os avanços em relação a do ano passado foram poucos.
O jornal O Globo trouxe uma matéria mostrando que apenas 26 dos 193 países atualizaram suas metas de redução da emissão de dióxido de carbono (CO2) neste ano. Ou seja, apenas 13% dos países cumpriram o combinado na COP26, que era revisar as metas anualmente. Antes, era feito a cada cinco anos.
Para se ter uma noção do risco que corremos, sem a redução da emissão de CO2, a temperatura pode aumentar entre 2,1ºC e 2,9ºC, em média, até 2100. Quase o dobro da meta que foi estabelecida no Acordo de Paris, que era de 1,5ºC. Caso isso se confirme, veremos cada vez mais desastres climáticos, nosso futuro será marcado por inundações, incêndios florestais, secas, entre outros problemas.
No Brasil, o governo federal atualizou a meta em abril, prometendo reduzir as emissões de CO2 pela metade até o fim desta década. Porém, ainda mantém uma base de cálculo que permite ao país emitir mais dióxido de carbono do que o acordado em 2015, no Acordo de Paris, segundo o jornal O Globo. Temos um avanço, mas podemos fazer mais.
O Brasil precisa entrar de cabeça nessa luta, ser o país que está na linha de frente. As políticas públicas voltadas para o Meio Ambiente devem estar na mesma prateleira da Saúde e da Educação. Nossos biomas, principalmente a Amazônia, necessitam de um olhar especial e é isso que esperamos do novo governo. Chega de tratar o tema como qualquer coisa. É hora de cuidarmos do nosso país!
Foto: Sayed Sheasha/Reuters