O resultado das eleições de 2022 é preocupante para quem defende uma agenda ambiental forte nos próximos quatro anos. O bolsonarismo, que como sabemos é inimigo do Meio Ambiente, elegeu muitos dos seus representantes, entre eles o ex-ministro Ricardo Salles (aquele mesmo da boiada!). E para completar, ainda tramitam no Congresso projetos bastante nocivos ao tema.
O primeiro é o PL da Grilagem que foi originado de uma Medida Provisória assinada por Jair Bolsonaro e visa facilitar a regularização de propriedades em terras da União. Se aprovado pelo Senado, o projeto poderá tirar da União quase 30% de suas reservas.
Ainda tem o projeto que regulamenta o uso de defensivos agrícolas ou pesticidas ou mais popularmente conhecido como Lei dos Agrotóxicos. Esse, inclusive, está mais avançado, tendo sido aprovado pelo Senado, modificado pela Câmara e gora retornando ao Senado. É preciso que haja pressão pela restauração do Ibama e da Anvisa como órgãos fiscalizadores desses produtos. Caso contrário, um cenário bem difícil se desenha.
E não é só isso, tem também a Lei Geral de Licenciamento Ambiental, que derruba várias exigências para atividades como mineração ou exploração de atividades às margens de rios.
E esses são só alguns exemplos. É muito grave a situação da agenda ambiental no país. Apesar de algumas vitórias importantes como a eleição da Marina Silva como deputada, ainda é muito pouco. Por isso é importante a eleição de Lula neste segundo turno. Somente isso para frear o ímpeto de pessoas que querem continuar destruindo um dos maiores bens do nosso país: o Meio Ambiente. Chegou a hora de olhar para o tema com responsabilidade.