O número de caso da Covid-19 voltou a crescer no Brasil nas últimas semanas e acendeu um sinal de alerta na população e também no poder público. Segundo a Anvisa, o avanço de casos é causado pela circulação da BQ.1, sublinhagem de BA.5, da Ômicron, que carrega mutações em pontos importantes do coronavírus. Apesar desse avanço, o número de óbitos segue estável, resultado da imunização com a vacinação. Isso mostra que não dá para relaxar nos cuidados, porque novas ondas podem vir e não sabemos a intensidade.
Como medida de proteção e a fim de evitar a propagação do vírus, muitos lugares já adotaram o retorno da obrigatoriedade das máscaras. Com medo, as pessoas também voltaram a procurar os postos de saúde em busca da vacinação de reforço. A preocupação aumenta porque com Copa, Natal e Ano Novo crescem os números de eventos com aglomerações a possibilidade de circulação do vírus. Por isso, quanto mais cuidados tomarmos neste momento, menos riscos corremos.
Outra preocupação é em relação justamente às vacinas. Em matéria exibida neste domingo (20/11), o Fantástico mostrou que alguns países já estão aplicando imunizantes atualizados, que combatem a variante Ômicron. No Brasil, a vacina bivalente ainda está em teste pela Anvisa e não tem previsão para começar a ser aplicada. Essa demora das autoridades brasileiras é o grande problema. Mesmo depois de 689 mil mortes, o Ministério da Saúde continua agindo como se a Covid-19 fosse apenas uma gripe e coloca em risco mais vidas.
A esperança que nos resta é o novo governo assumir e mudar esse panorama. O Brasil precisa voltar a ser referência no tratamento de doenças. O SUS precisa de investimento, a ciência precisa de investimentos. Só assim vamos avançar.
Enquanto isso não acontece, seguimos nos virando com o que temos: máscaras e vacinas. Previna-se!